quinta-feira, 23 de julho de 2009


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Dos Procariontes aos Eucarionte


Evolução Dos Procariontes aos Eucariontes

Actualmente, a maioria dos biólogos considera que todos os seres vivos conhecidos na Terra podem ser divididos em dois grandes grupos: os seres procariontes e os seres eucariontes. O principal critério de distinção entre estes grupos é a sua organização celular.

Ao longo de vários milhões de anos, os seres procariontes habitaram ambientes aquáticos e foram-se diversificando, sobretudo no que se refere ao seu metabolismo. Alguns desses seres unicelulares desenvolveram um processo metabólico que conduzia à libertação de oxigénio – a fotossíntese. O surgimento do oxigénio na atmosfera teve um impacto brutal na vida dos únicos habitantes da Terra (os procariontes). Este gás, muito reactivo, estabelece ligações com diversas moléculas, destruindo-as ou modificando-as drasticamente. Desta forma muitos grupos de procariontes foram extintos, envenenados pelo oxigénio. Contudo, alguns conseguiram sobreviver em ambientes que permaneciam anaeróbios.

Entre os sobreviventes, contam-se indivíduos que desenvolveram a capacidade de resistirem ao oxigénio. Entre eles, houve um grupo, que à semelhança das actuais mitocôndrias, era capaz de aproveitar este gás para oxidar os compostos orgânicos, obtendo assim uma grande quantidade de energia.

Apesar destas capacidades, fotossíntese e respiração, a simplicidade dos organismos procariontes limitava os processos metabólicos que podiam ser realizados simultaneamente. Alguns grupos de procariontes evoluíram e aumentaram a sua complexidade, tendo, muito provavelmente, estado na origem dos organismos eucariontes.

Fundamentalmente, existem duas hipóteses que tentam explicar a origem dos seres eucariontes a partir dos procariontes:

- Hipótese Autogénica e a

- Hipótese Endossimbiótica.

Segundo a Hipótese Autogénica, os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos seres procariontes. Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas endomembranares resultantes de invaginações da membrana plasmática. Algumas dessas invaginações armazenavam o DNA, formando um núcleo. Outras membranas evoluíram no sentido de produzir organelos semelhantes ao retículo endoplasmático.

Posteriormente, algumas porções do material genético abandonaram o núcleo e evoluíram sozinhas no interior de estruturas membranares. Desta forma, formaram-se organelos como as mitocôndrias e os cloroplastos.

Esta hipótese pressupõe que o material genético do núcleo e dos organelos (sobretudo das mitocôndrias e dos cloroplastos) tenha uma estrutura idêntica. Contudo, tal não se verifica. O materiao que com o material genético presente no núcleo.l genético destes organelos apresenta, geralmente, uma maior semelhança com o das bactérias autónomas, d

Esta e outras observações levaram ao desenvolvimento de um outro modelo ou hipótese – a Hipótese Endossimbiótica.

Esta hipótese parece reunir um maior consenso entre a comunidade científica. Esta hipótese, largamente desenvolvida por Lynn Margulis da Universidade de Massachusetts, defende que os seres eucariontes terão resultado da evolução conjunta de vários organismos procariontes, os quais foram estabelecendo associações simbióticas entre si. O termo endossimbiótica resulta do facto de algumas células viverem no interior de outras, numa relação de simbiose.

Embora este modelo admita que os sistemas endomembranares e o núcleo tenham resultado de invaginações da membrana plasmática, as mitocôndrias e os cloroplastos seriam, até à cerca de 2100 M.a., organismos autónomos. Nessa altura, algumas células de maiores dimensões (células hospedeiras) terão capturado células mais pequenas, como as ancestrais das mitocôndrias e dos cloroplastos. Alguns destes ancestrais conseguiam sobreviver no interior da célula procariótica de maiores dimensões, estabelecendo-se relações de simbiose.

A íntima cooperação entre estas células conduziu ao estabelecimento de uma relação simbiótica estável e permanente. A evolução conjunta destes organismos terá levado ao surgimento das células eucarióticas constituídas por vários organelos, alguns dos quais foram, em tempos, organismos autónomos.

Assim, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias. Os ancestrais das mitocôndrias seriam organismos que tinham desenvolvido a capacidade de produzir energia, de forma muito rentável, utilizando o oxigénio no processo de degradação de compostos orgânicos.

Por outro lado, outro grupo de procariontes, semelhante às actuais cianobactérias, tinha desenvolvido a capacidade de produzir compostos orgânicos utilizando a energia luminosa. A associação das células procarióticas de maiores dimensões com estes seres, ancestrais dos cloroplastos, conferia-lhe vantagens evidentes.

Mas nem todas as células eucarióticas possuem cloroplastos. Este facto é explicado, segundo a Hipótese Endossimbiótica, pelo estabelecimento de relações simbióticas de forma sequencial. Isto é, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias e, só posteriormente, algumas dessas células terão estabelecido elações de simbiose com os ancestrais dos cloroplastos.


Fonte:http://pwp.netcabo.pt/mj.gomes/biogeo11/texto7-procariontesaoseucariontes.htm

Cronologia da evolução

Cronologia básica


A cronologia básica é uma Terra com 4,6 mil milhões de anos, com (muito aproximadamente):

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_tempo_da_evolu%C3%A7%C3%A3o

Evolução Humana 3D